API é coisa de mulher

A história da gestão pública e da representatividade de classes é marcada – como muitas outras coisas – pelo machismo. Homens – ao longo dos séculos – trataram de definir os destinos do planeta e das civilizações. Para o bem e para mal…

Somente nas últimas décadas à mulher foi permitido o uso do poder público e da representatividade. Aqui, no Oiapoque, em Nova York e em Londres…Ter poder de representatividade foi uma conquista dura.

Basta lembrar que a República no Brasil esperou muito para ter uma mulher no Palácio do Planalto. A microfísica do poder diz bastante a respeito de tais conquistas e de como devemos comemorar os avanços. Mulheres no poder!

Quando o papo é jornalismo, a história não é diferente. Durante muito tempo, as redações foram espaços unicamente masculinos. Homens no cargos de direção em ambientes marcados pelo barulho das máquinas de escrever e pela fumaça dos cigarros.

Nas últimas décadas, todavia, mulheres assumiram o comando. Mulheres como Nara Valuska e Lena Guimarães, que foram editoras gerais – respectivamente – do jornal O Norte e do jornal Correio da Paraíba. Também Angélica Lúcio, que foi editora geral do Jornal da Paraíba.

Mulheres que passaram a ocupar cargos de direção geral nas emissoras de rádio e também nas tevês. Mulheres no topo do comando também nos portais de informações. Mulheres como Duda Santos (Rádio Tabajara) e Tatiana Ramos (TVs Cabo Branco e Paraíba). Também tem Bia Fernandes como superintendente do jornal A União.

Ainda assim, o sindicato dos jornalistas na Paraíba jamais teve uma ‘presidenta’. Lamentável! Por outro lado, a Associação Paraibana de Imprensa (API) parece ter maior abertura ao feminino… E teve uma mulher à frente de suas decisões: a jornalista Marcela Sitônio.

Alguns processos são lentos, mas – ainda bem! – constantes. E é essa constância que coloca hoje a API em ter mais mulheres à frente de seus destinos, representando o pensamento da categoria.

A jornalista e professora Sandra Moura, atual vice-presidente da API – está na disputa pelo cargo de presidenta. Ela está na chapa da oposição. Já a chapa da situação tem João Pinto como candidato à reeleição (pela terceira vez), mas tem como candidata a vice jornalista Sony Lacerda (editora geral do jornal Correio da Paraíba).

Sorte nossa ter tantas e tantas mulheres qualificadas para a disputa da direção de uma entidade tão importante como a API. Nessas eleições tenhamos certeza de que a API é ‘coisa de mulher’. Porque – ainda bem! – as coisas evoluem…

Compartilhe