Balanço preliminar do Concurso Público Nacional Unificado (CNPU) destaca alta abstenção

Neste domingo (18), a ministra de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, apresentou um balanço preliminar do Concurso Público Nacional Unificado (CNPU), que contou com cerca de 1 milhão de candidatos presentes. Com 2,14 milhões de inscritos, o certame registrou uma taxa de abstenção superior a 50%.

Segundo a ministra, esses números estavam dentro do esperado, considerando concursos de tamanho similar, embora a abstenção tenha sido ligeiramente inferior à de seleções recentes, como a do Banco Central.

O Distrito Federal destacou-se com a menor taxa de abstenção, enquanto o Ceará teve a maior. Esther Dweck explicou que a taxa elevada de ausências foi principalmente entre os candidatos de nível médio, no bloco 8, que tinha a maior concorrência. Já os participantes de nível superior compareceram em maior número, com o bloco 3, referente às áreas ambiental, agrária e biológica, apresentando a menor taxa de abstenção.

A ministra celebrou a participação de 1 milhão de pessoas no concurso, reafirmando o objetivo de diversificar e modernizar o serviço público brasileiro. Ela destacou que o concurso, o maior já realizado no país, atraiu inscritos de quase todos os municípios brasileiros, exceto de dez cidades.

Esther Dweck minimizou o impacto do adiamento do concurso para a alta taxa de abstenção. As provas, inicialmente marcadas para 5 de maio, foram adiadas devido às chuvas intensas que atingiram grande parte dos municípios do Rio Grande do Sul. Segundo a ministra, a possibilidade de reembolso da taxa de inscrição resultou em poucos desistentes.

O CNPU ocorreu sem grandes problemas, com apenas 0,2% dos locais de aplicação registrando algum tipo de incidente, que não comprometeu a realização das provas. Cerca de 500 candidatos, representando 0,05% do total, foram eliminados por condutas proibidas, como levar o caderno de questões para fora da sala.

A ministra assegurou que esses incidentes não configuraram problemas de segurança e destacou a baixa judicialização do certame. Jorge Messias, advogado-geral da União, também presente na coletiva, reforçou a correção na aplicação do concurso, sem ações judiciais nas últimas 48 horas.

As provas começaram às 9h e terminaram entre 17h30 e 19h, variando conforme o bloco de conhecimentos e necessidades especiais dos candidatos. O caderno de questões será disponibilizado às 20h e o gabarito preliminar sairá na terça-feira (20).

O resultado final está previsto para 21 de novembro. Realizado em 228 cidades de todo o Brasil, o CNPU oferece 6.640 vagas em 21 órgãos federais, sendo a primeira vez que esse formato unificado é utilizado para selecionar servidores públicos.

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