Desde os anos 1990 que eu escutava que os jornais impressos estavam condenados a morrer. Não vou mentir: achava graça no começo. Depois, nos anos 2000, passei a prestar mais atenção ao que diziam os especialistas no setor. Desde 2010, passei a ter certeza de que a morte dos grandes jornais viria… E veio a galope!

Somente na Paraíba eu vi O Momento, Diário da Borborema, O Norte, Jornal da Paraíba e Correio da Paraíba deixarem de ser impressos. Centenas e centenas de desempregados. Jornalismo empobrecido. Cidadãos e sociedade com mais acesso a informações, ms – nem por isso – melhor informados…

A ‘bola da vez’? O Diário de Pernambuco, mais velho em circulação na America Latina. Quase 200 anos informando. Pois bem. Anunciou a suspensão na circulação e passou a contar apenas com a versão digital. Especialistas não acreditam no retorno… Vai ser um milagre se o Diário de Pernambuco conseguir a façanha de permanecer pelo menos no formato digital.

Uma pena. Uma pena mesmo! Fui forjado ao som das rotativas. Conheço com propriedade as redações dos jornais impressos. E tenho apreço por esse formato agora em decadência. Não ficarei surpreso se – em 10 anos – não mais existir um grande jornal impresso sequer no Brasil. Serão todos engolidos pelas versões impressas e por outros meios de comunicação.