Em 1995, Flamengo e Fluminense fizeram uma partida memorável. O Fla – no ano de seu centenário – tinha Romário. O Fluminense tinha Renato Gaúcho. Dois belos times na disputa do Campeonato Carioca. Naquele ano, o tricolor se saiu melhor. Tão melhor que até teve o direito de trolar o adversário.
Para quem não está lembrando da partida, eu (torcedor do Flu) faço questão de lembrar. O jogo terminou 3 a 2 para o tricolor, com um decisivo gol de barriga (!!!) do atacante Renato Gaúcho (hoje técnico do Grêmio). O gol ainda hoje é motivo de piada contra rubro-negros. Pertence ao anedotário futebolístico…
Lembro que amigos tricolores não paravam de zuar torcedores do time da Gávea. Tamanha zuação foi motivo de fim de amizades, inclusive. Por um ano, mas foi! É que no ano seguinte o Fla meteu 3 a 1 no Flu (pelo Brasileirão), 2 a 1 (pela Taça Cidade Maravilhosa) e 1 a 0 pelo Carioca.
Por sinal, no ano de 1996, o Flamengo foi campeão carioca e o Fluminense foi rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. E aí, claro, foram os rubro-negros que não perdoaram… Zuaram tudo quanto era possível zuar. Foram à forra. E, mais uma vez, muitos torcedores brigaram e até desfizeram amizades…
Quanta bobagem! Mas, quanta bobagem mesmo!!! E o mesmo povo que desfaz amizade por causa de futebol, desfaz amizade por causa de política. Em período eleitoral, as brigas partidárias são intensificadas. Tem que vá às vias de fato, na defesa de candidato A ou candidato B.
Só sei que não cairei na esparrela de brigar por causa de política. Só sei que não vou desfazer amizade porque um de meus amigos não votará no mesmo candidato que eu. As eleições passam. As amizades, senhoras e senhores, não!!! As verdadeiras amizades estão muito acima de toda e qualquer amizade. Em quem votarei? Na amizade…