No dia 5 de agosto, João Pessoa comemorou seus 439 anos, refletindo sobre seu crescimento ao longo dos séculos.
Embora as curiosidades históricas possam parecer distantes da realidade moderna, é fundamental entender como o passado molda o presente e a identidade dos moradores da capital paraibana.
Os marcos históricos não apenas narram a evolução da cidade, mas também iluminam sua configuração atual e seu caráter único.
Diferente de outras capitais nordestinas, João Pessoa cresceu às margens do Rio Sanhauá, uma posição estratégica que favoreceu tanto a defesa quanto o comércio. A proximidade com o rio proporcionou à cidade um porto natural, facilitando o escoamento de produtos agrícolas e mercadorias importadas, além de permitir a comunicação e o transporte entre o interior e o litoral. Durante a ocupação holandesa, de 1634 a 1654, essa localização foi crucial para a fortificação e proteção contra invasões inimigas.
Um dos locais mais emblemáticos de João Pessoa, o Ponto de Cem Réis, é um ponto de convergência entre a cidade baixa e a alta. O nome popular ‘Ponto de Cem Réis’ refere-se ao preço da passagem do bonde que terminava ali no início do século XX. Originalmente conhecido como Largo do Rosário, era um centro vital para a população negra e um local de religiosidade.
Inaugurado em 1972, o Farol do Cabo Branco é um exemplo de como a cidade evoluiu para atender às novas necessidades da navegação marítima. O farol foi projetado pelo arquiteto Pedro Dieb, com um design que faz referência ao sisal, uma planta que desempenhou um papel econômico crucial na Paraíba.
Inaugurada na década de 1920, a Avenida Epitácio Pessoa desempenhou um papel crucial na expansão de João Pessoa. Antes da abertura da avenida, a cidade estava restrita a um núcleo urbano limitado. A avenida facilitou a urbanização de novas áreas e o desenvolvimento de bairros ao longo do eixo leste da cidade. A construção da avenida envolveu a mão de obra de prisioneiros, um método comum na época.
Localizada na Bica, a Fonte Tambiá é envolta em mistério e tradição. A lenda da “índia que chora” é uma narrativa central na cultura local, simbolizando a resistência e o sofrimento dos povos indígenas. Essa fonte não é apenas um marco histórico, mas também um importante símbolo da memória cultural dos indígenas na história de João Pessoa.
Com essas histórias e contextos, João Pessoa celebra seu aniversário reafirmando seu compromisso com a preservação e a valorização da história local. Cada ponto histórico revela uma parte vital da identidade da cidade, desde suas transformações urbanas até suas ricas tradições culturais.