Mídias sociais põem em xeque grandes veículos de comunicação
Há muita discussão rolando acerca dos efeitos da rede mundial de computadores, a Internet, no mundo da comunicação. Entre os prós e os contras, há uma linha de consenso: quem mais perdeu foram as grandes corporações que dominavam o fabuloso e bilionário mundo da comunicação.
E, de modo muito especial, perdeu mais ainda o jornalismo impresso, que está desaparecendo na mesma velocidade com que as coisas acontecem no universo da tecnologia.
Apenas um exemplo: em João Pessoa, onde havia pelo menos cinco grandes jornais, além de outros cinco de menor porte, afora revistas, o jornalismo impresso está limitado ao jornal A União, jornal oficial do Governo da Paraíba e um dos mais antigos da América Latina ainda em circulação.
Os poderosos O Norte e o Correio da Paraíba sucumbiram ao impacto das mídias sociais e da internet em geral. Em Campina Grande, o Diário da Borborema fechou faz tempo. O Jornal da Paraíba, de origem campinense mas que havia se transferido para João Pessoa, fechou recentemente na sua versão impressa.
Desprestígio – Neste novo cenário, os grandes sistemas de comunicação a cada dia vão perdendo espaços para blogues, sites, portais e outros tipos de espaços em que são veiculadas notícias, comentários, tanto em forma de texto, como de foto, vídeo e áudio.
Em meio a tantas transformações, a imprensa convencional perdeu prestígio, sofreu uma tremenda queda de audiência e perdeu ganhos milionários da verba pública.
Uma prova do desprestígio da imprensa convencional: hoje em dia, por exemplo, governadores, prefeitos e outras autoridades e lideranças políticas usam mais as redes sociais para fazerem seus comunicados, como o lançamento de um grande projeto, inaugurações, anúncios de secretários etc. tal.
Até um tempo não muito distante, evento só tinha projeção mesmo quando programado para acontecer na sede da Associação Paraibana de Imprensa e, depois, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil.
Como diria o poeta, o tempo não para, também no mundo virtual. A cada dia acontecem mudanças, aparelhos se renovam, a tecnologia avança.
E quem não acompanhar o ritmo prepare-se, porque vai desaparecer.