Nem sou de acompanhar futebol. Não sei as escalações nem decoro os títulos conquistados pelos times. No máximo, tenho simpatia pelo Fluminense (campeão da Taça Guanabara) e acompanho a Seleção Brasileira nos jogos de Copa do Mundo.
Ainda assim, sei da história do goleiro Bruno – aquele que construiu fama, fortuna e reconhecimento no time do Flamengo. Aquele que foi parar atrás das grades após ser condenado pelo sumiço-assassinato da modelo Eliza Samúdio.
Pois bem… Sabemos todos que Bruno está solto. Conquistou a liberdade após determinação do STF. Juridicamente correto. Não há o que discutir. Moralmente questionável. Sem sombra de dúvidas…
Bruno até já fechou contrato com o Boa Esporte, em Minas gerais. É goleiro do time. Voltou aos gramados. Juridicamente inquestionável. E – como já disse, moralmente questionável. Muito questionável.
Não há o que discutir com relação à soltura e ao retorno de Bruno ao mundo do futebol. O que a sociedade precisa fazer é exigir a discussão de reavaliação das penas em crimes hediondos. É um debate urgente e profundamente necessário.
Em campo, lembro de Bruno defendendo muitos pênaltis e livrando o Flamengo de tropeços. Em campo, o goleiro condenado pela morte e ocultação de cadáver defendeu muitas penalidades máximas. Fora de campo, sua penalidade foi mínima…