Entre 2012 e 2016, o número de brasileiros que se autodeclaram pretos aumentou 14,9% no país. Diz o IBGE que também cresceu a quantidade dos que se consideram pardos, enquanto diminuiu o percentual de brancos.
Segundo a pesquisa, em 2012, quando a população do país era estimada em 198,7 milhões de pessoas, os brancos eram maioria (46,6%), os pardos representavam 45,3% do total, e os pretos, 7,4%.
Já em 2016, a população saltou para 205,5 milhões de habitantes (aumento de 3,4%), e os brancos deixaram de ser maioria, representando 44,2% (queda de 1,8%). Os pardos passaram a representar a maior parte da população (46,7%) –aumento de 6,6%– e os pretos são agora 8,2% do total de brasileiros.
Os dados são fortes e mostram – obviamente – que há um ‘crescimento quantitativo’ de negros e pardos, mas também um outro tipo de crescimento. Um crescimento que leva em conta o autoreconhecimento da negritude.
Ainda assim, onde estão os negros deste País? Estão colocados, ainda, nas zonas de marginalização. Estão nas periferias. Distantes do poder. Distantes do que se define como básico!!!
Há um avanço no autorreconhecimento (até porque é impossível lutar sem que haja o autorreconhecimento). Ainda assim, os negros brasileiros continuam tão invisíveis que é possível que eles não sejam vistos nem no espelho…